quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ilha do Superagui - PR

A Ilha do Superagui faz parte do Parque Nacional do Superagui.




Para chegar até lá, tem que ir até Paranaguá (que fica à uns 100 km de Curitiba). E nos trapiches (que fica na região central e antiga) pegar a barca que sái normalmente às 2ª, 4ª e 6ª-feiras às 14h00). Para o retorno a barca sái do trapiche de Superagui às 07h00. O valor da barca é de R$ 40,00 por pessoa para ida e volta - leve dinheiro, pois não há máquinas de cartão. A duração do tempo de navegação é de 02 a 02h30.


Em Superagui há várias pousadinhas e campings. E desta vez eu, meu marido e mais um casal de amigos resolvemos acampar. Ficamos no Camping do Seu Pacheco. A estrutura é bem básica, o camping é no terreno da casa dele e conta com 02 chuveiros, 01 banheiro e uma pequena cozinha comunitária com utensílios. O valor da estadia foi de R$ 10,00 por noite e por pessoa. Apenas sugiro que além do material básico de higiene, leve papel higiênico e caso vá usar a cozinha, leve também esponja e detergente.


A infra-estrutura da ilha é bem básica! E portanto, se você não dispensa o conforto de uma cidade, mesmo que pequena, nem vá!

Lá só tem algumas pousadas e campings; um mini, mas bem mini-mercado e alguns restaurantes.

O mini-mercado tá mais para uma vendinha, como alguns itens apenas e com valores mais altos. Portanto, tente levar de casa tudo o que for precisar, até água.

Os restaurantes possuem atendimento com hora marcada, ou seja, de manhã você avisa que vai almoçar ou jantar e marca para às 12h30 e informa o prato que quer. Assim, às 12h30 a sua refeição estará pronta. Ou então pode pedir o prato na hora que chegar, porém a pessoa vai cozinhar para você e portanto vai demorar.

Nós levamos um pouco de comida de casa e fizemos algumas refeições na cozinha do camping.

Outra opção de refeição que também fizemos foi comprar peixe e camarão junto aos pescadores locais: qualidade e preços ótimos garantidos.

Outras vezes fomos comer no Restaurante do Magal (ele é a cara do Sidnei Magal, rs). O ambiente é simples e meio bar meio restaurante. Todas as vezes chegamos e pedimos o prato, demorava cerca de 01 hora o prato feito (arroz, batata frita, salada e filé de peixe). Mas a comida era fresquinha e muito boa. Sou meio enjoadinha para peixe, e vou dizer que todas as vezes que comemos lá o peixe estava maravilhoso. Aqui tem maquininha de cartão e o prato era cerca de R$ 10,00 por pessoa. Barato!!! Super recomendo!

E já que Superagui não tem infra-estrutura, a pergunta é: o que fazer por lá?

Bom, na vila de pescadores realmente não tem o que fazer, a não ser admirar o cenário e fazer caminhadas.




Mas à alguns km andando por uma trilha, rumo a Praia Deserta, você chega em uma praia deserta! Óh! Uma faixa de areia enorme sem nada por perto. Nadinha!!! Só areia, mato e mar. Fomos para lá cedinho e ficamos algumas horas curtindo a paisagem. O único porém aqui é que você não deve se esquecer de levar água e comida, pois não tem vendedor ambulante, não tem restaurante, não tem nada! Então ficar com sede  ou fome nestas condições é roubada. Tem uma história de uma amiga minha que veio para cá e trouxe pouca água... adivinha? Ela acabou tendo que fazer miojo com água do mar. Uuuuuui!!! Diz ela que ficou horrível...

Como não há nenhum abrigo, o protetor solar é indispensável. Além do boné, chapéu e óculos escuros. E se você tiver condições de levar um guarda-sol seria uma beleza! Nós não levamos e meu marido improvisou um abrigo de cangas! O nosso canguetário... rsrsrs...



Ah, a ida pela trilha é no meio de uma vegetação e por isso tome cuidado. No começo da trilha, que ainda possui casas ao redor, uns moradores estavam nos mostrando que tinham acabado de encontrar uma cobra jararaca e um dos moradores acabou matando ela.

Gente, entendo que ela era venenosa, mas ela era minúscula, tinha uns 20 cm no máximo. E alí, por mais que estivesse perto das casas, não deixa também de ser o território dela. Então caso você veja alguma cobra ou qualquer outro bicho, não mexa, não bata e não mate. Simplesmente saia do caminho dele ou espere ele ir embora. Respeite o lugar que você está visitando, bem como a fauna e flora local.

Além da cobra, nós vimos lagartos e uns caranguejos enormes. Mas o que enche o saco mesmo são os mosquitos: e repelente é a arma certa.




Pica-pau anão
Para voltar à vila é só ir caminhando pela praia. Um passeio delicioso.



Uma coisa imperdível para se fazer aqui (e só dá para fazer aqui), é ir observar a revoada dos papagaios da cara-roxa. Eles são uma espécie endêmica que habitam as ilhas do Pinheiro e Pinheirinho (que também fazem parte do Parque Nacional do Superagui).

O passeio sái de Superagui por volta de 16h00 e segue até as ilhas. Tem opção de contratar o passeio com as voadeiras que são mais rápidas e mais seguras. E nós falamos como o dono do camping que queríamos ir até lá e ele disse que o filho dele fazia esse passeio. Aceitamos, fomos em 06 pessoas e ele cobrou R$ 100,00 no total.

Mas quando fomos chamados para fazer o passeio, vimos que era um barco de pesca, de madeira, sem coletes salva-vida e com um motor incrivelmente barulhento e lento. Resumindo: não era nada seguro.

Fomos mesmo assim. Na ida foi tudo tranquilo, o barco foi bem devagar, mas foi. No caminho foi possível avistar inúmeros golfinhos. Uma graça!


Chegamos nas ilhas e fomos até a casa do único morador local. O tiozinho bem gente fina, conversador e simpático nos recebeu muito bem.

Entretanto, tive raiva e dó ao mesmo tempo. O cara é o único habitante da ilha, que aliás é uma ilha protegida e faz do lugar um pequeno lixão. Lixo por todo o lado... uma pena mesmo. Um lugar tão bonito, merecia mais cuidados, mais fiscalização, mais carinho.



Bom, voltando aos papagaios, durante o dia eles saem da ilha para dar uma passeadinha (rsrsrs) e no entardecer eles voltam para as ilhas do Pinheiro e Pinheirinho, que é a "casa" deles. Seus ninhos ficam no topo das árvores. São centenas de papagaios vindo em direção às ilhas. Dá para reconhecer facilmente, pois eles vêm fazendo um alvoroço, uma gritaria sem igual.

A maioria dos papagaios voa em dupla, formam um casal que dura a vida toda. Se tiver algum sozinho ou voando em mais de 02, provavelmente seja um filhote ou um viúvo. Esta espécie tem apenas um parceiro durante a vida, e quando o outro morre, nunca é substituído. É um ótimo exemplo de amor monogâmico.

Como a revoada é ao entardecer e os papagaios são pequenos (medem 36 cm), a apreciação é feita de longe, afinal eles voam alto para chegar ao topo das árvores. Um binóculo seria ótimo aqui. Para fotografar bem a sua câmera precisa de um bom zoom.




O espetáculo é muito bonito: aos poucos os papagaios vão chegando e de repente centenas de papagaios estão pousando no topo das árvores.

É  importante dizer que essa espécie está ameaçada de extinção. A SPVS desenvolve desde 1998 o Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa, com mais informações no site: (http://www.spvs.org.br/projetos/pcr_index.php).

Durante o espetáculo, vimos que uma tempestade com direito a muitos raios se aproximava. E foi aí que percebi que deveria ter feito esse passeio de voadeira. O nosso barco fazia o caminho de retorno vagarosamente e contra a correnteza. E aquelas nuvens escuras e raio atrás de raio estavam chegando cada vez mais perto.


Eu já estava imaginando o que aconteceria se aquele barco virasse... mas felizmente, apesar da demora, chegamos exatamente junto com a chuva no camping, sãos e salvos.

Aprendi a lição: segurança é um item importantíssimo a ser levado em consideração nos passeios. Portanto, sugiro que se for fazer esse passeio, contrate um barco que seja apropriado para esta função.


Resumindo a viagem foi uma delícia.




Valeu demais!!!!!!!!!!!

13 comentários:

  1. Muito legal o post Fer! Vamos de novo??? hehehe
    Parabéns e sucesso!

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  2. Fernanda, vcs foram de ônibus para Paranaguá ou deixaram o carro em um estacionamento lá?

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    1. Olá, Pri! Nós fomos de carro, mas como temos amigos em Paranaguá, deixamos na casa deles. Mas de qualquer forma é possível ir de ônibus e também de carro e deixar o mesmo no estacionamento. Fernanda

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  3. Olá Fernanda! Parabéns pelo blog, belas fotos & belas palavras.
    Me conte uma coisa: quando você comentou que a sua amiga teve que cozinhar com água do mar.. vocês passaram por algo parecido? Sofreu com escassez de água potável?? tks Guilherme

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    1. Olá, Guilherme! Fico feliz que tenha gostado do blog!
      Respondendo sua pergunta, nós não tivemos problemas com escassez de água!
      O que aconteceu com minha amiga, foi que eles foram até a praia deserta levando apenas uma garrafinha de água, achando que lá teria algum local para pegar água para cozinhar, mas na praia deserta, não tem nada, inclusive não tem comércio. E por isso, eles acabaram testando a "receita" com água do mar (que é claro, ficou horrível, rs).
      Enfim, no centrinho da Ilha, tem local para comprar água, sim! Mas acabamos comprando água em Paranaguá e levando por ser mais barato...
      Fernanda

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  4. Ola, super legal o seu blog.. fotos lindas
    estamos querendo passar o carnaval em Superagui, será que vai muita gente? é que nós preferimos lugares mais tranquilos..
    obrigada
    Valquíria Moraes

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    1. Olá, Valquíria!
      Obrigada pelo comentário!!!
      Superagui é um lugar tranquilo, mesmo na alta temporada ou no Carnaval.
      Com certeza é uma boa opção para quem gosta de lugares mais calmos!!!
      Um abraço, Fernanda

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  5. Oii Fernanda, tudo bem? eu e uns amigos estamos pensando em passar o ano novo na ilha de superagui.. preferimos programas mais alternativos e calmos.. eu estava vendo um camping na cidade de Guaraqueçaba que fica a uns 900km do trapiche pra ir pra superagui.. compensa irmos acampar na ilha ou nessa cidade? pq vc diz no post que não há muita coisa pra fazer na ilha além dos passeios né? aguardo sua sugestão, bjsss

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    1. Olá, Fabiola!

      Se vocês gostam de programas alternativos e calmos, a Ilha de Superagui será uma boa opção. Lá existem vários campings e até um hostel! E se vocês estão indo em boa companhia, com certeza não faltará coisas para fazer: caminhadas, curtir a praia e o sol, fazer passeios de barco, descansar, cozinhar (verifique se seu camping terá cozinha comunitária) e principalmente curtir os amigos!

      Espero ter ajudado!

      Um abraço, Fernanda

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  6. Oi, Fernanda!
    Por gentileza, você ainda tem o contato do Seu Pacheco?
    Consegui um número no site dos mochileiros mas quando ligo diz que não existe.
    Grata!!

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  7. Olá, em que mês vocês foram pra lá? estou pensando em ir em agosto ou setembro, sabe me dizer se tem muita chuva ou ainda é friozinho?

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  8. Olá! Nós fomos em Janeiro! Agosto e Setembro terá um clima bem ameno, mais para o frio!

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