O Dia da Entrevista no Consulado Americano!

Começando do começo, saí de Curitiba no dia 07/05/2011 às 00:10 com o ônibus golden da Itapemirim (é um ônibus confortável, e o serviço golden oferece manta, travesseiro e um mini lanche - umas bolachinhas).
Cheguei em São Paulo por volta de 06:00 da manhã e desembarquei no ponto do Posto Francisco Morato (ou como também é conhecido: Posto 2000). (Dica: ao comprar a passagem de ônibus da Itapemirim sempre confirme se o horário escolhido oferece desembarque neste ponto). Há alguns passos de onde o ônibus me deixou há um ponto de táxi.

Peguei o táxi e acabei dividindo a corrida com mais um casal de japoneses que também iam ao consulado. A corrida deu R$ 30,00, que divido por três pessoas, ficou R$ 10,00 para cada um, isso porque em plena 06h00 da matina já tinha trânsito em São Paulo.

Chegando no Consulado, existem muuuitas pessoas que te abordam oferecendo guarda-volumes (como celulares, mochila e etc), muitos desses guarda-volumes ficam dentro de estacionamentos e estabelecimentos um tanto quanto estranhos (eu sou desconfiada). Porém, há exatamente na frente do consulado, uma lanchonete bem bonitinha chamada Café do Consulado (ou algo assim) e lá tem banheiro limpo, guarda volumes (R$ 5,00) e um bom atendimento. (Não é permitido entrar no consulado com qualquer aparelho eletrônico, isso inclui: celular, chave de alarme de carro, notebook, minigame e qualquer coisa eletrônica).

Então como viajei a noite toda, cheguei nesta lanchonete por volta de 7h00 e pedi para utilizar o banheiro para trocar de roupa. É claro, que tive que consumir algo lá dentro: um cappuchino + pão de queijo saiu +/- R$ 7,00. Mas pude me trocar tranquilamente... Reparei que ao meu lado haviam algumas pessoas que tentaram entrar no consulado naquele momento e não conseguiram porque a entrevista deles era só às 11h00. Então dei um tempo na lanchonete até 8h00, porque a minha entrevista estava marcada apenas para às 10h30.

E então fui tentar entrar e entrei. Neste momento são atendentes brasileiros que visualizam por cima os documentos obrigatórios (como passaporte, formulário DS-160, foto 5x5 ou 5x7 e comprovante de pgto da taxa do citybank). E você fica posicionado numa fila, esperando o guardinha te chamar para entrar na sala do raio-x. Como deixei minha mochila no guarda-volume da lanchonete, eu só estava com uma pasta que continha os documentos em mãos. Então foi tranquilo, nada apitou.

Depois disso você deve seguir uma linha verde no chão para chegar ao local das entrevistas.

Em primeiro lugar, um atendente brasileiro confere os mesmos documentos obrigatórios citados acima, lhe dá uma senha e manda-lhe entrar na fila da pré-entrevista. Um painel eletrônico e placas de identificação na cor verde indicam os guichês da Pré-Entrevista. Rapidamente um funcionário do consulado, que eu acho que era americano, perguntou que tipo de visto eu estava solicitando e pegou meus documentos obrigatórios para a análise e mandou eu aguardar a senha para tirar minha digitais.

A área de guichês das Digitais era vermelha e havia uma TV de LCD onde as senhas iam sendo chamadas. É uma chamada aleatória, totalmente fora de ordem. Quando sentei para esperar minha senha, eles estavam chamando a senha de nº 2090. A minha senha era a de nº 2190 e só fui chamada quando já tinham chamado até o nº 2290. Ou seja, esperei bastante. Fui chamada e no momento das digitais eles tiram as digitais num escaner eletrônico e lhe devolvem os documentos obrigatórios. Nisso, a minha ficha DS-160 veio com 02 carimbos, um de conferência e um que continha as letras NS, e até o momento eu não sei o que significa. 

Depois de tirar as digitais, fui encaminhada para a fila da Entrevista que tem sua referência na cor azul. Ou seja, eles não estavam chamando para a entrevista pela senha e sim pela ordem de entrada na fila. A fila andou rápido, fiquei uns 40 minutos nela. Aí um funcionário brasileiro indica em qual guichê você deve ir.

Já tinha ouvido muitos comentários de que consul mulher sempre pergunta mais coisas. E pimba: fui para um guichê de uma consul mulher. Na minha frente ainda haviam uma mulher e um rapaz para serem entrevistados antes de mim. Para a mulher foram feitas umas 10 perguntas e para o rapaz, não contei, mas deve ter sido umas 20 perguntas (entre elas: onde ele mora, com quem ele mora, onde ele estuda, qual é o curso, quais matérias tem no curso, porque ele ia viajar, quem ia pagar, onde ele trabalhava, quanto ele ganhava, o que ele fazia, se ele tinha irmãos, o que os irmãos dele faziam e etc).

Nessa altura eu pensei "tô lascada, essa mulher vai me descascar", mas para minha surpresa, ela fez poucas perguntas e não olhou nenhum documento extra que eu tinha levado. Para mim, ela perguntou: onde eu ia, com quem eu ia, se eu já tinha saído do país e para onde eu tinha ido, quanto eu ganhava, se eu tinha bens e porque eu tava pedindo visto de negócios).

Depois das perguntas, ela me deu um protocolo e mandou eu ir pagar a taxa do visto de negócios (R$ 108,00 ou US$ 60,00), fui até o guichê de pagamentos, paguei a taxa e levei o comprovante para a consul que me entrevistou. Ela ficou com a documentação obrigatória, me deu um protocolo e mandou eu ir pagar a taxa de sedex (R$ 40,00).

Paguei a taxa e pronto. Eram 10h30 da manhã quando saí do consulado. Ufa! Peguei a minha mochila que estava no guarda-volumes e fui para o aeroporto de Congonhas. Nem parecia São Paulo, porque não tinha trânsito nenhum neste horário. O táxi do consulado até congonhas deu R$ 22,00.

O passaporte com o visto chegou uns dias depois pelo correio!

DICA:

- Cerca de 90% das pessoas que pedem o visto americano, conseguem! O que os Estados Unidos querem é que o viajante tenha vínculos com o Brasil! É basicamente este o principal requisito para se tirar o visto!

- Em todos os formulários e na entrevista sempre seja sincero e responda a verdade.